Segundo o livro "Nosso Lar", o narrador André Luiz permaneceu por
oito anos no umbral e foi chamado, por outros espíritos, de suicida inconsciente,
pois, mesmo sem o propósito de tirar a própria vida, teve a mesma encurtada pela falta de cuidado com a saúde, e certos exageros, amparados pelos padrões sociais da época.
André Luiz ficou oito anos no umbral principalmente pelo vazio em que transformou a sua passagem pela matéria, desperdiçando as oportunidades recebidas.
André Luiz ficou oito anos no umbral principalmente pelo vazio em que transformou a sua passagem pela matéria, desperdiçando as oportunidades recebidas.
Nascido num lar de
classe média, tendo recebido boa educação e bons estudos, fez da sua
vida uma vidinha comum, sem emoções ou sobressaltos, sem nada de
realmente construtivo e útil.
A julgar pela sua inteligência e boa vontade demonstrados nas suas
narrações, teria muito o que oferecer aos que conviveram com ele.
É isso o que a maioria de nós faz. Quase todos recebemos boas
oportunidades. Mesmo as dificuldades enfrentadas são às vezes grandes
vantagens, por nos proporcionar ver as coisas por ângulos diferentes,
por forjar o nosso caráter e por nos proteger de facilidades que nos
enfraqueceriam o aspecto moral.
E o que fazemos das oportunidades recebidas? O que oferecemos de nós
mesmos aos outros? Mal cuidamos da família, às vezes nem da família, ou
nem de nós mesmos… E temos as velhas desculpas da incompreensão, ou da
pobreza, ou da falta de apoio, ou da falta de condições ideais.
Não é pra isso que reencarnamos. Não é pra nos arrastarmos cheios de
queixumes e revoltas que recebemos a dádiva preciosa da reencarnação.
Não é pra passar contando os dias para que o domingo chegue pra desmaiar
em frente à televisão que nós ganhamos a oportunidade de um novo corpo
físico, de um novo "recomeço".
Temos muito o que fazer, temos muito a oferecer, a contribuir, a dar de
nós mesmos. E a aprender, e a ensinar, e a amar e perdoar. E
compreender, e crescer e ajudar a crescer. É possível. Tudo isso é
possível. E não é tão difícil quanto possa parecer a quem nunca tentou.
Nascemos bebês, moles e frágeis, e um dia temos que tentar nos
equilibrar sobre as pernas, e dar um passinho à frente do outro. É um
grande desafio, que nós só conseguimos porque tentamos.
Não sei o que André Luiz fez ou deixou de fazer com o seu corpo. Eu
acho, particularmente, que devemos ter o máximo cuidado com o corpo, que
é o nosso veículo de manifestação na matéria. Mas tenho certeza de que
se ele tivesse tido uma vida mais plena e construtiva e útil, sua
passagem pelo umbral teria sido bem mais curta.
Fonte: Espírito Imortal (http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/por-que-andre-luiz-ficou-no-umbral)
Fonte: Espírito Imortal (http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/por-que-andre-luiz-ficou-no-umbral)
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